O café é a bebida mais consumida no Brasil e uma das mais consumidas mundialmente devido não apenas ao seu efeito estimulante e propriedades sensoriais, mas por proporcionar interação entre as pessoas a partir do convívio social. Nesse sentido, o consumo de café está intimamente associado a hábitos sociais de convivência que aumentam o bem estar e melhoram a saúde.
O principal componente psicoativo do café é a cafeína (1,3,7-trimetilxantina) e os efeitos comportamentais mais evidentes podem ocorrer após a ingestão de doses baixas a moderadas (50-300mg) de cafeína. Isto possibilita uma melhora no desempenho cognitivo e psicomotor como aumento do estado de alerta, disposição para atividades diárias e exercício físico, concentração, foco, desempenho em tarefas, vigilância auditiva, tempo de retenção visual, além da diminuição do sono e do cansaço.
É importante ressaltar que os efeitos indesejáveis podem manifestar-se principalmente em indivíduos metabolizadores lentos e aqueles mais sensíveis à cafeína como crianças, gestantes e idosos. E essas consequências podem acontecer mesmo sem o consumo de elevada quantidade da bebida.
Em relação à ansiedade causada pela ingestão de café, estudos demonstram que ela é mais presente em indivíduos que apresentem ansiedade grave, síndrome do pânico ou esquizofrenia.
Em algumas pessoas, a ingestão de café pode estar associada a desconfortos gastrointestinais, sendo que em determinadas condições clínicas como gastrite e úlceras, o consumo da bebida é desaconselhado.
A azia/queimação é o sintoma gastrointestinal mais referenciado após a ingestão de café. Tal efeito pode ser decorrente de irritação da mucosa esofágica e/ou de refluxo gastro-esofágico. E o café pode provocar o aumento desse refluxo e da secreção ácida gástrica.
Consumir um alimento antes da ingestão de café ou consumir o café juntamente com alimentos ou com leite, por exemplo, pode reduzir esse efeito de desconforto gástrico.